terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ninguém nunca vai ler mesmo.

Como dá pra explicar? Eu fico tentando achar um jeito prático.
Dá pra explicar assim: coisas preferidas. Te perguntam qual tua cor preferida, aos três anos de idade dizes rosa, aos treze dizes preto. Entende? Acho que ainda não ficou claro.

Esquece as cores. Até porque o assunto é meio cinza. Finge, agora, que te perguntam o que você quer ser quando crescer. Você pode até dizer professora aos 3, 13, 18, 30 anos, mas aí, um dia você chega lá. É professora, com alunos, apostilas e tudo o que tem direito. E agora? O que você quer?

Você quer outra coisa. Não importa o quê. Você quer mais.

Mas se você perde o emprego, o que você quer? Quer ser professora de novo. É uma verdadeira orgia de sonhos.

Entende, agora?

O amor também é assim. É aí que eu quero chegar. Você quer aquele cara. Porque ele é lindo, inteligente e te faz rir. Você consegue e aquele cara consegue você. Paixão rola, amizade rola, obsessão até. Mas aí vocês se conseguiram. Tem que desejar outra coisa, entende? Outra coisa. É sempre assim. E aquele cara continua lindo inteligente e ainda te faz rir. Mas você quer outro. E você continua você. E ele quer outra.

É doentio. Doentio. DOENTIO.

Até que um sente falta do outro primeiro. Aí é amor. Só de um lado.
Se o amor ceder do outro lado também, dá zero. E volta tudo pro início.

MATEMÁTICA. É pura matemática.

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